sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

MAÇONÁRIA


A Maçonaria é uma associação de carácter universal, cujos membros cultivam a justiça social, aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia e igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade. Os Maçons estruturam-se em células autónomas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si", e reúnem-se nas designadas oficinas ou lojas. Trata-se de uma obediência iniciática, filosófica, filantrópica e educativa.
Cada Loja Maçónica é composta pelo venerável mestre ou presidente, que preside e orienta as sessões;primeiro vigilante, que conduz os trabalhos e trata da organização e disciplina em geral; segundo vigilante, que adestra os aprendizes; orador, que sumariza os trabalhos e reúne as conclusões; secretário, que redige as actas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas entre a loja e a obediência; mestre de cerimônias, que introduz na loja e conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o experto nas cerimônias de iniciação; tesoureiro, que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira. Os cargos do venerável ao secretário são chamados as luzes da oficina.
São todavia conhecidos e publicados alguns dos símbolos.

Índice

1 Origens
2 Ritos
3 Graus
4 Obediências
5 A Regularidade maçónica
6 No Brasil
7 Em Portugal
8 Bibliografia
9 Ver também
10 Referências
11 Ligações externas


Origens

Franco-Maçom
A Maçonaria Universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.
O nome "Maçonaria" provém do françês maçonnerie ou do inglês masonry que significa "construção". Esta construção é feita pelo maçom em suas lojas (Lodges). Alguns autores dizem que a palavra é mais antiga e teria origem na expressão copta Phree Messen (franco-maçom), cujo significado é "filhos da luz".
Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros; o rough mason (pedreiro bruto) que trabalhava com a pedra sem lhe extrair forma ou polimento e o Freemason (pedreiro livre) que detinha o segredo de polir a pedra bruta.
A Maçonaria Simbólica compreende três graus;
Aprendiz
Companheiro
Mestre

Colunas Maçónicas

A maçonaria, como a conhecemos hoje, segundo o Dicionário da Maçonaria, de Joaquim Gervásio de Figueiredo, no verbete Franco-maçonaria, "foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres". O termo maçom, segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. A origem da maçonaria está ligada às lendas de Ísis e Osíris, Egito; ao culto a Mitra, vindo até a Ordem dos Templários e a Fraternidade Rosa Cruz. Em 1723, O Rev. Anglicano James Anderson publicou as Constituições da Maçonaria, sendo até hoje documentos universalmente aceitos como base de todas as lojas maçônicas.

Ritos

Os ritos ou procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimónias maçônicas. Entre os principais destacam-se:
Rito Escocês Antigo e Aceito
Rito de York
Rito Schröder
Rito Moderno
Rito Brasileiro
Rito Adonhiramita
Rito Escocês Retificado
No mundo existem mais de 200 ritos praticados actualmente, porém os mais utilizados são o de Rito de York e o Rito Escocês.
Outra classe de Ritos maçônicos menos comuns destacam-se pela abordagem mais esotérica e espiritualista como são os Ritos denominados Misraim e Memphis.

Graus

A maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando de rito para rito.
A constituição dos três primeiros graus é obrigatória e está prevista nos landmarks da Ordem.
O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico. Existem diversos sistemas de graus superiores, como o de 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, o de 13 graus do Rito de York, o de 97 graus do Misraim e Memphis etc.

Obediências

A Maçonaria Simbólica (aquela que reúne os três primeiros graus) se divide em Obediências Maçônicas designadas Grande Loja ou Grande Oriente. São unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais.
Além da Maçonaria Simbólica, e conforme o rito praticado, existem os "Alto Graus", que se subordinam a outras entidades. Assim, os Alto Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito estão ligados a "Supremo Conselho", geralmente um por país.
É comum que Supremos Conselhos mantenham relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem tratados com os corpos da maçonaria simbólica.

A Regularidade maçónica

Constituição de Anderson - 1723
A Maçonaria Universal, regular ou tradicional, é a que professa pela via sagrada, independentemente do seu credo religioso, trabalha na sua Loja sob a invocação do Grande Arquitecto do Universo, sobre os livros sagrados, o esquadro e o compasso. A necessária presença de mais do que um livro sagrado no altar de juramento, reflecte exactamente o espírito tolerante da maçonaria Universal e regular.
A simbologia representada pelo esquadro e no compasso representando no seu interior o acrónimo "G" de Grande Arquitecto do Universo representa exactamente a regularidade e a crença no Grande Arquitecto do Universo.
São os regulamentos consagrados na Constituição de Anderson, considerados o fundamento e pilar da maçonaria moderna que obrigam á crença no GADU. Consequentemente, o não cumprimento deste critério fica desde logo designada a actividade maçónica como irregular.
Para se ser maçon não basta a auto proclamação. É necessário que "os seus irmãos o reconheçam como tal", ou seja, é fundamental que tenha sido iniciado, por outros maçons, cumprido com os seus juramentos e obrigações sejam elas esotéricas ou simbólicas e esteja integrado numa Loja, regular, numa Grande Loja ou num Grande Oriente, devidamente consagrados, consoante as terminologias tradicionais, ditadas pelos Landmarks ou a Constituição de Anderson [1]

No Brasil

Gravura por John Pine
Os critérios para a atribuição da regularidade maçónica institucionalmente, é a filiação e reconhecimento quer pela Grande Loja Unida da Inglaterra quer por um Grande Oriente ou Grandes Lojas que trabalhem na crença do G:.A:.D:.U:. e obedeçam aos critérios estabelecidos nos Landmarks.[2]
GOB - Grande Oriente do Brasil[3];
GLMERJ - Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro - Vinculada à CMSB [3];
GLESP - Grande Loja Maçônica de São Paulo - Vinculada à CMSB [3];
Existem também Obediências Maçônicas que não necessitam ou professam a crença no Grande Arquitecto do Universo, não seguem a directiva adoptada pela Constituição de Anderson e os princípios que orientam a Maçonaria Regular optando por não querer obter o reconhecimento internacional da GLUI ou por não se enquadrarem no espírito dos mesmos ou por terem outros critérios maçónicos de reconhecimento. Esta "irregularidade" não significa de todo que estas Obediências não desempenhem um sério trabalho de filantropia, de engrandecimento do ser humano, e da própria sociedade em que se inserem. As mesmas inserem-se nas seguintes Organizações inter-maçônicas:
CLIPSAS – Centro de Ligação e de Informação das Potências Maçónicas Signatárias do Apelo de Estrasburgo - Congrega, Obediências Maçônicas masculinas, femininas e mistas;
Grande Loja Unida do Paraná;
Grande Loja Maçonica Mista do Brasil;
Grande Loja Arquitetos de Aquário – GLADA.
CLIMAF - Centro de Ligação Internacional das Maçonarias Femininas - Congrega apenas e só Obediências Maçônicas femininas;
Obediências Maçônicas históricas e exclusivamente masculinas do Brasil:
CMSB - Confederação da Maçonaria Simbólica Brasileira. - Reúne uma Grande Loja em cada estado brasileiro. É uma dissidência nos quadros do GOB em 1966;
Confederação Maçônica do Brasil - COMAB.- Tem relações fraternais com o Grande Oriente Lusitano e congrega Grandes Orientes Estaduais. Surgiu com a dissidência em 1973, do GOB.
Ordem Maçônica Mista Internacional "Le Droit Humain":
Ordem Maçônica Mista Internacional "Le Droit Humain" - Presente através da sua Federação Brasileira.

Em Portugal

Trabalho em Loja
Por antiguidade histórica:
Grande Oriente Lusitano;
Federação Portuguesa da Ordem Maçónica Mista Internacional "Le Droit Humain" - O Direito Humano;
Grande Loja Regular de Portugal;
Grande Loja Legal de Portugal;
Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitania;
Grande Loja Feminina de Portugal;
Grande Loja Tradicional de Portugal;
Grande Loja Nacional Portuguesa.

Bibliografia

Max Heindel Maçonaria e Catolicismo
Jules Boucher A Simbólica Maçónica
Oswald Wirth O simbolismo hermético na sua relação com a Franco-Maçonaria

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